Educação Ambiental em Tempos de Mudanças Climáticas
14/06/2010O aquecimento global, provocado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, causa profundas mudanças no sistema climático, cujas conseqüências comprometem seriamente a qualidade de vida da espécie humana no Planeta. O enfrentamento desta questão se apresenta como a mais importante do século XXI, exigindo que a humanidade implemente mudanças dramáticas em seu modelo civilizatório. As alternativas de solução apontam não só para significativas alterações tecnológicas, mas também para mudanças geopolíticas exigindo um repensar no modelo de desenvolvimento.
O cenário das Mudanças do Clima é complexo, multidisciplinar e abrangente e, de uma forma ou de outra, em maior ou menor escala, suas conseqüências afetarão a todos em todos os lugares. Estas serão tão mais dramáticas quanto menos preparado e mais pobre for um país, uma região, uma comunidade.
O que mais nos chama a atenção, entretanto, é que a maioria das pessoas, mesmo quando compreende do que se está falando, desconhece as conexões existentes entre a emissão de gás carbônico de seu carro e o aumento da temperatura da Terra; o desmatamento da Amazônia e a desertificação em partes do sul do país; a imensa quantidade de lixo que produzimos e a subida do nível dos oceanos, a impermeabilização de solos e as enchentes...
A população, em seu senso comum, tampouco se encontra alerta para as ameaças ao setor de saúde pública que o aquecimento global pode conter, tais como a migração de vetores de contaminação, assim como ainda não tomou ciência da gravidade da questão das migrações climáticas e seu significado sobre a segurança pública e a qualidade de vida nos grandes centros urbanos bem como nos impactos nas áreas rurais.
Em nosso país, pouco ou nada tem se discutido sobre adaptação, menos ainda em como as comunidades mais vulneráveis vão se preparar para conviver com as novas condições do clima. Tampouco se percebe um esforço coordenado no sentido de traduzir à sociedade - de forma compreensível, porém substancial - a crise ambiental, sua interface com a crise financeira e com o agravamento da pobreza.
O contexto das negociações sobre o clima, os avanços tecnológicos disponíveis, as práticas locais sustentáveis, o conhecimento acumulado pelas comunidades, os desafios, os obstáculos, as oportunidades e os riscos e a formulação de políticas públicas justas e adequadas devem ser partes fundantes do debate climático.
O WWF-Brasil e o Instituto Ecoar entendem que a Educação Ambiental brasileira, em sua missão transformadora, pode desempenhar um papel essencial na promoção de uma profunda reflexão sobre o paradigma vigente, no estímulo ao engajamento da sociedade, na disponibilização de aporte teórico aos educadores e agentes sociais para que estes possam atuar qualificadamente no combate ao aquecimento global, tanto no plano educativo como na implementação de projetos práticos (conservação de florestas, redução da pegada ecológica, energia, construções verdes, consumo sustentável, reciclagem, agricultura sustentável), assim como na redução de nosso impacto no meio ambiente e na influência de políticas públicas que contribuam com a construção de sociedades sustentáveis.
Com este entendimento nos dias 21 e 22 de junho acontece em Campo Grande encontro com a participação de: Educadores com atuação na área socioambiental ou com algum trabalho relacionado; gestores públicos ligados à área; professores; membros de redes ambientalistas; partícipes do Programa Pegada Ecológica vinculados a trabalhos com Educação Ambiental e que tenham disponibilidade para participarem e contribuírem durante dois dias.
Educação Ambiental em Tempos de Mudanças Climáticas
Promotores: WWF-Brasil e Instituto Ecoar
Local: Hotel Vale Verde
Endereço: Av. Afonso Pena, 106 B Amambaí
Campo Grande-MS
Data: 21 e 22 de junho de 2010
Formato: Oficina de 16 horas
Número de vagas: 40 participantes
18/11/2009
Conheça texto-base que será utilizado para formulação de documento referencia na abordagem da Educação Ambiental em relação às Mudanças Climáticas. Este texto foi produzido no encontro realizado pelo Instituto Ecoar e a WWF Brasil em Brasília na data de 25 de junho de 2009 , encontro que reuniu 25 educadores ambientais, representando todas as regiões do país, para discutir o papel dos educadores ambietais frente ao desafio do Aquecimento Global.
1. Introdução
O aquecimento global, provocado pelo acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, causa profundas mudanças no sistema climático comprometendo e ameaçando a qualidade de vida no Planeta. O enfrentamento desta questão se apresenta como um dos desafios mais importantes que a humanidade já enfrentou. br> O cenário das Mudanças do Clima é complexo, multidisciplinar e abrangente e, de uma forma ou de outra, em maior ou menor escala, suas conseqüências afetarão a todos em todos os lugares.
O cenário climático atual exige a constituição de novas escolhas no estilo de vida de nossa sociedade, mudanças de atitudes individuais e coletivas na relação com o meio natural, rupturas paradigmáticas, mudanças de valores no uso e apropriação dos recursos e fontes energéticas e a experimentação de diferentes encontros-subjetividades no cotidiano.
O WWF-Brasil e o Instituto Ecoar, juntamente com membros de Universidades, das Redes de Educação Ambiental e de organizações não governamentais, entendem que a Educação Ambiental brasileira, em sua missão transformadora, pode desempenhar um papel essencial na promoção de uma profunda reflexão sobre o paradigma vigente.
Pode atuar no estímulo ao engajamento da sociedade, na disponibilização de aporte teórico aos educadores e agentes sociais para que atuem qualificadamente no combate ao aquecimento global, tanto no plano educativo como na implementação de agendas ambientais e projetos práticos (conservação de florestas, redução da pegada ecológica, energia, construções verdes, consumo sustentável, reciclagem, agricultura sustentável), na redução de nosso impacto no meio ambiente e na influência de políticas públicas que contribuam com a construção de sociedades sustentáveis.
Assim, as duas instituições promoveram no dia 25 de junho de 2009 em Brasília um encontro com educadores e educadoras ambientais das diversas regiões do país com o intuito de contribuir para um grande debate nacional sobre a interface Educação Ambiental /Mudanças Climáticas.
O resultado deste encontro está refletido no documento base, que passamos a apresentar e que está ancorado em princípios e diretrizes do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (1992) e no Eixo Temático IV (Educação e Cidadania Ambiental) do documento aprovado na III Conferência Nacional de Meio Ambiente (2008).
2. A Educação Ambiental perante as mudanças climáticas
Uma relativa inércia da sociedade frente à questão das mudanças climáticas decorre tanto do desconhecimento do fenômeno quanto do afastamento generalizado da vida política.
A não percepção das conexões existentes entre nossas opções cotidianas de locomoção, a emissão de gases de efeito estufa e o conseqüente aumento da temperatura da Terra; entre o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica e a desertificação em partes do sul do país; a quantidade de resíduos produzidos e o aumento do nível dos oceanos; o assoreamento dos rios, a impermeabilização de solos e as enchentes; o consumo desenfreado e o esgotamento dos recursos naturais demonstram, de forma inequívoca, a necessidade da Educação Ambiental se voltar para este tema de forma critica e transformadora.
A Educação Ambiental pode lançar um novo olhar sobre as Mudanças Climáticas que não seja apenas pautado por alternativas mercadológicas e tecnológicas, mas que aponte para transformações sociais que permitam enfrentar e minimizar as causas da degradação socioambiental, que tem no aquecimento global a sua mais explícita tradução.
À EA cabe aprofundar o debate junto à sociedade e governos sobre o aquecimento da Terra e as mudanças socioambientais globais promovendo questionamentos sobre a manutenção da Vida e os nossos destinos enquanto humanos e humanidade apresentando propostas articuladoras que agreguem conhecimento local às novas tecnologias,
A EA pode ser o campo do conhecimento que explicita a complexidade da crise civilizatória e coloca este paradigma na reconstrução das práticas pedagógicas e sociais, um instrumento que promova uma ampla reflexão sobre a problemática da governança planetária; pode fazer a mediação entre a base da sociedade, os governos e organismos internacionais, apresentando propostas articuladoras que agreguem conhecimento científico, saberes locais e tecnologias de informação e comunicação, e estimulando ainda o acompanhamento das ações de gestores e parlamentares.
É essencial que o educador e a educadora ambiental estejam atentos para a complexidade da crise ambiental cuja compreensão é fundamental para a manutenção da vida no Planeta.
Dessa forma propomos a busca de diferentes caminhos, de elaborar e disseminar informações e processos de construção de conhecimentos, requisitos essenciais ao enfrentamento dos desafios do nosso tempo.
Para tanto, precisamos, com rapidez, “traduzir” nossas leituras sobre os cenários atuais – aquecimento global e mudanças socioambientais globais, visando objetivamente instrumentalizar os sujeitos de todas as localidades, de todos os extratos sociais, de todas as tendências políticas, de todas as religiões e culturas a constituir uma macro-visão sobre o tema, de forma a exercermos nossa cidadania planetária e a justiça social.
3. A capilarização do conhecimento sobre o fenômeno do aquecimento global e suas relações com as práticas e atitudes cotidianas
Diante da compreensão de que as mudanças climáticas são complexas e requerem visões múltiplas acreditamos que é necessário que os educadores e educadoras tenham acesso a materiais educativos de qualidade que tratem das raízes sócio-históricas culturais da questão, sejam voltados às ações locais, tendo o sabor, a cara, a linguagem e a cor local. Simples, apesar de estar embasados em conhecimento científico; complexos, porém de fácil utilização; ofereçam exemplos, experiências e possibilidades de releituras a partir do dia a dia das pessoas e comunidades e contemplem as realidades das comunidades urbana, rural, periurbana e da floresta.
No que tange ao conteúdo, sugerimos que tratem da problemática global, mas estejam em consonância com os problemas locais, regionais, que considerem a história dos grupos, a dimensão individual e coletiva, a conexão local/global, as relações de produção, consumo e descarte dos resíduos do modelo capitalista estabelecendo as conexões com as questões climáticas. Sugere-se ainda que contemplem a relação produção/consumo, norte/sul, justiça social/justiça ambiental, rural/urbano e que sejam perpassados por valores éticos e políticos.
4. A contribuição da EA na formulação de projetos práticos e políticas públicas transformadoras
Ao longo das ultimas décadas a Educação Ambiental tem promovido no Brasil milhares de projetos e ações locais que na maioria das vezes, são, de per si, mitigadores da emissão de gases de Efeito Estufa, uma vez que estão imbuídos de princípios, critérios e diretrizes ambientais e ecológicas.
No entanto, em uma visualização inicial, podemos identificar que não temos no campo da EA, indicadores e resultados que apontem especificamente para a redução de emissões e tampouco para a adaptação de comunidades vulneráveis aos efeitos do cenário climático que já se apresenta.
O esforço requerido é o de estabelecer os vínculos entre as experiências desenvolvidas, o aquecimento global e suas conseqüências, formulando metodologias para o planejamento e gestão participativos de projetos locais, práticos, mensuráveis e de inspiração transformadora.
Os dados, gráficos e mapas de vulnerabilidade existentes ou em elaboração das diversas regiões do país, disponibilizados pelo IPCC e outras instituições precisam ser apresentados às populações que estão sendo ou serão afetadas pelo fenômeno climático, acompanhados de análises e interpretações, causalidade, reflexão e propostas de ação. Os educadores e educadoras ambientais brasileiros têm habilidade e conhecimento para assumir este papel protagônico.
Como os ciclos da natureza são elementos cruciais na história dos povos tradicionais e na medida em que estes ciclos vêm sendo alterados pelo aquecimento global, gerando insegurança e instabilidade às comunidades, a atuação dos educadores ambientais nesta área precisa ser redimensionada à luz da nova realidade, não descartando o conhecimento tecnológico e a troca e diálogo de saberes.
A necessidade urgente de mudanças no estilo de vida e nos hábitos de consumo, de revisão do modelo econômico de produção, de transporte e locomoção, das práticas de descarte, dentre outros, exigem ações de grande abrangência. O diálogo e a relação com a mídia podem propiciar conquistas na disseminação de projetos voltados à sustentabilidade e à mudança de paradigma.
5. Conclusão e encaminhamentos
No encontro de Brasília foram estabelecidas 03 linhas de ação prioritárias da Educação Ambiental em relação às Mudanças Climáticas:
1. Mapeamento de ações, projetos e programas de EA no país e o estabelecimento de conexões entre seus resultados e a mitigação do aquecimento global;
2. Formação de formadores;
3. Inserção da EA em documentos, programas, fóruns e negociações que definem as políticas públicas de Mudanças Climáticas nos âmbitos nacional, estadual e municipal, como no eixo 06 do documento Base da Conferencia Nacional de Educação – CONAE.
Este documento será apresentado, para discussão e ampliação, no VI Fórum de Educação Ambiental no Rio de Janeiro e no Congresso Ibero Americano; será circulado nas redes de Educação Ambiental e fará parte do documento crítico do Observatório do Clima sobre o Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
6. Relação dos participantes do encontro de Brasília
Antonio Fernando Guerra – Universidade do Vale do Itajaí, Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental - REASUL
Bruno Reis - WWF – Brasil - DF
Efraim Neto– Rede de Jornalistas Ambientais - BA
Fabio Cascino – Instituto Paulo Freire - IPF - SP
Fabio Deboni – Educador - DF
Franklin de Paula Junior – Secretaria de Recursos Hídricos - MMA – DF
Heitor Medeiros – Universidade Estadual do Mato Grosso e Rede Matogrossense de Educação Ambiental - REMTEA – MT
Irineu Tamaio – WWF- Brasil - DF
José Luciano Araújo – Instituto Ecoar para a Cidadania – SP
Maria Alice Cintra (Lilite) – Grupo Ambientalista da Bahia - Gambá - BA
Luiz Ferraro - Universidade Estadual de Feira de Santana – BA
Marcos Sorrentino – ESALQ-USP – Piracicaba – SP
Maria Inês Gasparetto Higuchi – Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas - INPA - AM
Mariana Valente – WWF – Brasil - DF
Miriam Duailibi – Instituto Ecoar para a Cidadania – SP
Moema Viezzer – Instituto Comunicação Solidária - Comsol - PR
Rangel Mohedano – Coordenadoria Geral de Educação Ambiental - MEC – DF
Ricardo Burg – MMA - DF
Vângela Maria Nascimento – Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Prefeitura de Rio Branco - AC
25/06/2009
O Instituto Ecoar e a WWF Brasil realizam em Brasília um encontro entre 25 educadores ambientais, representando todas as regiões do país, para discutir o papel dos educadores ambietais frente ao desafio do Aquecimento Global.
Segundo Miriam Duailibi, presidente do Ecoar, nos fóruns em que se discute Mudancas Climáticas no Brasil e no mundo, a única participação organizada e sistematica de educadores ambientais tem sido do Ecoar. "Somos sempre a única voz nos Seminarios, Congressos que mostra a essencialdiade da Educação Ambiental no enfrentamento do aquecimento global" afirma Miriam e prossegue " este encontro visa dar início a um movimento de engajamento da EA brasileira no tema, não só de forma reflexiva e crítica, mas principalmente traduzindo-se em projetos socioambientais de mitigação e adapatção baseados nos principios éticos e transformadores da EA latino americana".
Os critérios de escolha para a participação neste seminario contemplaram a regionalidade geográfica buscando mesclar educadores de grande experiencia e renome com novas e promissoras lideranças, explica José Luciano Araujo, coordenador de projetos do Instituto Ecoar e um dos responsáveis pelo evento.
Por Waldemar Gadelha Neto - WWF
Quase todos os brasileiros já ouviram falar sobre mudanças climáticas, aquecimento global, gases de efeito estufa. Depois dos relatórios do IPCC (Painel Internacional de Mudanças Climáticas, na sigla em inglês) e da entrada em cena de um personagem inusitado – saído do Hall of Fame da política dos Estados Unidos – Al Gore, a agenda ambiental mundial voltou-se quase que inteiramente, para o bem ou para o mal, para aquelas questões inquietantes destiladas no documentário “Uma verdade inconveniente”, de Gore.
Infelizmente, a discussão sobre as questões climáticas ainda não rompeu os círculos acadêmicos, políticos e mercadológicos para chegar às ruas e pedir a contribuição do cidadão comum. Quais seriam os grandes desafios da Educação Ambiental frente a esta nova “disciplina”?
Para o educador Irineu Tamaio, coordenador do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis, do WWF-Brasil, um dos maiores desafios é traduzir para o cidadão comum como as mudanças climáticas o afetam no dia a dia. “Isto ainda não está internalizado na população”, avalia Tamaio. “O papel da Educação Ambiental é contribuir para que as pessoas compreendam o problema e se engajem em projetos práticos e cotidianos. Isto pode se dar em projetos de reciclagem, reflorestamento, consumo sustentável, redução da pegada ecológica etc.”, acredita o educador.
Para ele, o anúncio das mudanças climáticas criou um momento oportuno para uma discussão de nível político pedagógica. “Tem que ser assim, caso contrário o assunto vai ficar no âmbito dos tratados e acordos internacionais. É preciso trazer o tema para o chão”, sentencia Tamaio.
“Um bom exemplo é o envolvimento da população com a questão da camada de ozônio, quando ela percebia claramente o risco de câncer associado ao buraco na camada”, exemplificou Irineu.
Fernanda Carvalho, assessora de Políticas em Mudanças de Climáticas da TNC (The Nature Conservation, na sigla em inglês) destaca como desafio a diversidade de enfoques para uma questão de enorme complexidade. “Pouca gente tem a visão do todo e, mesmo estes, têm abordagens diferentes”, avalia.
Ela acredita que será necessário um trabalho em rede para construir um modelo específico de abordagem da Educação Ambiental para mudanças climáticas. “Nosso desafio é juntar pessoas que tenham olhares amplos e reuni-los em um único processo”, acredita Fernanda Carvalho.
E o governo? -- Franklin de Paula Júnior é gerente da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente. Para ele, é preciso ver como a ação local do educador faz sentido para uma perspectiva global e sistêmica. “Seu desafio, enquanto multiplicador, é ter acesso a insumos educativos, informações confiáveis e conteúdo em linguagem acessível.
Já o desafio do governo reside, segundo Franklin, em estar perto da sociedade, buscar o diálogo com educadores e pactuar ações. “É preciso descobrir o que, de fato, se pode fazer”. Ele vê a classe política como alvo estratégico da educação ambiental e cita como exemplos o engajamento de Al Gore e a eleição de Obama nos EUA. “Estes dois fatos são uma indicação positiva em meio à rota de colisão em que se encontra o atual modelo civilizatório”, sentencia.
Seminário -- O documento final, retirado da reunião em Brasília será levado para discussão no próximo Fórum Nacional de Educação Ambiental, a se realizar no Rio de Janeiro (RJ), em julho deste ano.
leia da fonte Clique aqui.
Educação Ambiental em tempos de Mudanças Climáticas
Por: Efraim Neto
Educação, segundo o dicionário Aurélio, é o processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social. Interpretada por muitos como um meio de aperfeiçoamento das faculdades humanas, a educação, por si só, frente às mudanças climáticas pode ser decifrada como: preparo. Neste momento repleto de estudos, relatórios e informações mais consolidadas a respeito das mudanças climáticas, o Instituto Ecoar e o WWF Brasil realizaram no último dia 25 um workshop sobre a importância da Educação Ambiental frente ao problema das Mudanças Climáticas.
A educação ambiental surgiu como uma nova forma de encarar o papel do ser humano no planeta. Na busca de soluções que alterem ou subvertam a ordem vigente, propõe novos modelos de relacionamentos mais harmônicos com a natureza, novos paradigmas e novos valores éticos, adotando posturas de integração e participação, onde cada indivíduo é estimulado a exercitar plenamente sua cidadania. Em tempos de Mudanças Climáticas a importância de sua aplicação se dá a partir da necessidade de integrar conhecimentos, valores e capacidades que possam levar a comportamentos condizentes com as novas necessidades.
Como aponta Fábio Deboni, educador ambiental, a discussão sobre as questões climáticas ainda não rompeu os círculos acadêmicos, políticos e mercadológicos para chegar às ruas e solicitar toda a participação da sociedade. Este foi um dos tons desenvolvidos durante o workshop que contou com a presença de grandes nomes da Educação Ambiental brasileira, tais como: Irineu Tamaio, Miriam Duailibi, Marcos Sorrentino, Moema Viezzer, Heitor Medeiros entre outros.
Com o objetivo de dar início à construção de um documento que seja um referencial de como a Educação Ambiental pode abordar a temática das Mudanças Climáticas, o encontro aproveitou a oportunidade para refletir sobre: Qual é o papel da Educação Ambiental frente às Mudanças Climáticas; Como “traduzir” o fenômeno do Aquecimento Global e suas relações com a prática e atitudes cotidianas; e, como a Educação Ambiental pode contribuir com a formulação de projetos práticos e transformadores com a questão. Estamos falando de reflexões pedagógico-político, no reconhecimento do problema a partir de questões locais, na construção de materiais e instrumento que aproximem uma maior quantidade de pessoas à causa.
Inspirado nos seus mais diversos caminhos, a Educação Ambiental está desenhando uma proposta muito importante frente às Mudanças Climáticas. Ela está procurando utilizar ao máximo a sua capacidade de transformação, formação e mudança, para disseminar e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas diante das transformações exercidas pelas Mudanças Climáticas.
O documento final, retirado da reunião em Brasília será levado para discussão no VI Fórum Nacional de Educação Ambiental, a se realizar no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 25 de julho, no campus da Praia Vermelha, UFRJ.
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